Hoje tivemos a visita das grandes Professoras e Pedagogas Sonia Altomar e Beatriz Lipskis.
Elas trabalham na nossa Escola desde o início, há 10 anos atrás.
Sempre se dedicaram a ajudar o próximo, a elevar o ser humano.
Ao longo desses 10 anos, elas ajudaram a alfabetizar milhares de homens em situação de rua, que são acolhidos e moram dentro do Arsenal da Esperança.
COMO TUDO COMEÇOU: O SONHO DE SONIA.
Devo ressaltar, em especial, o trabalho da senhora Sonia Altomar, a idealizadora e fundadora da Escola Caminho Novo, que funcionou dentro do Arsenal da Esperança de abril 2004 até janeiro de 2013.
Em 2003, movida pela solidariedade e pelo desejo de ajudar o próximo, a sra. Sonia Altomar participou de um mutirão, dentro do Arsenal, para escrever cartas para as famílias dos acolhidos analfabetos.
Era uma forma deles terem notícias de suas famílias, que moravam longe, em outros estados brasileiros.
E assim, Sonia passou horas e horas, tardes e tardes, redigindo cartas endereçadas às famílias dos acolhidos. Muitas delas residentes nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Ao longo do tempo, aquelas histórias pessoais de dor, sofrimento, dificuldades e saudade de casa foram impactando, cada vez mais, o coração e a mente de Sonia...
Ela chegava em casa, à noite, e chorava, chorava, chorava... De dó e compaixão por essas pessoas e sua vida, tão sofrida...
Até o dia em que, preocupado, seu esposo lhe disse:
"Sonia, minha querida, estas estórias tristes estão fazendo mal a você! Você precisa fazer algo a respeito, tomar uma atitude! Ou você faz alguma coisa para ajudá-los, ou você pára de ir lá no mutirão. Essa tristeza está oprimindo o seu coração."
E assim, a educadora resolveu tomar uma atitude, e fundou a Escola dentro do Arsenal da Esperança, em abril de 2004, batizada de "CENTRO SOCIAL CAMINHO NOVO".
Depois de redigido um projeto,
A Associação Pela Família (ASPF) assumiu e bancou financeiramente o projeto idealizado por Sonia.
Uma equipe de professores foi contratada, e
Cursos de Alfabetização, 1o e 2o graus, e Computação foram oferecidos.
Milhares de homens analfabetos foram alfabetizados.
Muitos deles conseguiram arrumar emprego, melhoraram suas vidas e deixaram o abrigo.
Foram capazes de retomar e reconstruir as suas vidas.
Outros, voltaram para sua terra natal.
E outros, mais determinados ainda, chegaram a se formar na Faculdade.
Tudo por causa do sonho de uma mulher,
chamada Sonia.
Emahô!
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