terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

"O TAO DA FLORESTA". Poesia de Alexandre Gianechini de Araújo


O TAO DA FLORESTA

Poesia de Alexandre Gianechini de Araújo


Recessos da alma
Retiro seguro
Ausências


É nesse tempo
De aparente morte e inação
Que a alquimia da vida acontece
As metamorfoses e transformações


No escuro é onde se dão
Os renascimentos do corpo e da alma
Um longo período de gestação
Onde os movimentos estão ocultos
E ocorrem longe de olhares curiosos


(Desígnios divinos)


É nesse espaço de tempo
Que o novo ser que virá ao mundo espera
Até que seu novo corpo fique pronto


Será através deste veículo físico 
Que ele manifestará todos os atributos
Da perfeição divina
À imagem e semelhança de seu criador


Quando queremos que algo seja perfeito
Não temos pressa, confiamos
Damos tempo ao tempo, pois,
Como DaVinci, ele cria obras geniais


Confiamos no Curso
No Caminho
E no Tao 
Da floresta


A longa noite escura, tão temida
É, na verdade, uma grande mãe
A Senhora da Vida
E Rainha do Tempo
Do Princípio e do Final


É a protetora das sementes
E dos nascituros
O portal do Renascimento
Que as almas cruzam para vir a este mundo.


Portanto,
Viva a senhora da vida 
Viva a Noite
Em todo o seu esplendor



-Alexandre Gianechini de Araújo
São Paulo, 26 de fevereiro de 2013.










"RECEBA". poesia de Alexandre Gianechini de Araújo


RECEBA

Poesia de Alexandre Gianechini de Araújo


A Lua, cheia e redonda, brilha alto 

O rio Crôa é largo e extenso
E abarca todo o horizonte
Separando a Terra do Céu


De onde eu estou

Posso ver os dois extremos: o Leste e o Oeste
O Oriente e o Ocidente


Vejo a curvatura da abóboda celeste

É como se nada mais existisse
Só a lua, a noite, a jangada e este rio


Por um instante, me sinto no Nilo

Indutor da vida
que fertiliza os campos 
Misericórdia abundante
Generosidade


Receba



Receba a brisa da noite como um beijo

Sinta o cheiro da floresta
O hálito da noite
Entre no sonho da selva


Receba essa água da chuva como um batismo

Pois esta é, realmente,
Uma vida totalmente nova.


Teu receptor antigo foi estilhaçado

Já não há mais limites 
Para a Luz que podes receber


Receba o Sol da manhã como uma dádiva

Um recomeço
O brilho de um fulgor tão esperado
Como Osíris
Como Lázaro


Pare tudo o que estiver fazendo

Contemple, cheire, sinta
Perceba a doçura da noite
Os encantos do Norte


Ouça as palavras do vento

Ele vem do Leste
Assobiando ao longe, como um pássaro


E então, 

De dentro desta vasta quietude
Ouça esse canto como uma bênção
Proferida pelo Céu


A partir de agora

A beatitude será ilimitada
Não há mais limites para as dádivas que podes receber
Nem para a Felicidade que podes criar


Receba.




Alexandre Gianechini de Araújo.

São Paulo, 26 de fevereiro de 2013.

















"SEMENTES". Poesia de Alexandre Gianechini de Araújo.


SEMENTES

Poesia de Alexandre Gianechini de Araújo



Isso é Tao: 

Maestria sobre si mesmo
Superação de toda ignorância
E limitação


Atingir, e realizar

-Em ti mesmo-
a Plenitude do Ser
A verdadeira imortalidade


O Tao é Luz sem fim

Esplendor sem limites
Paz imorredoura
Totalidade


Antes que o dia fosse, a noite veio

Misteriosa, densa e implacável
Enigmática e impenetrável


Porém,

Acolhedora e nutritiva
Prenhe das infinitas possibilidades da Vida


A luz diáfana do luar incide

Sobre todas as sementes, gérmens, 
brotos e trigos
E os magnetiza com sua força invisível


É o poder que rompe as cascas

Pujança que derruba as máscaras
As fachadas carcomidas
Sepulcros caiados...


As sementes jazem enterradas

Escondidas e ignoradas
Como se mortas estivessem


Porém, 

Esse tempo de morte aparente é necessário
Para que as sementes renasçam
Com toda a sua força e vigor
E manifestem todo o seu potencial 
De vida abundante


É aqui, 

nestes lagos, pântanos e florestas
Que o frescor e a humidade da terra
Servem de berço às Sementes da Vida
Aguardando irromperem de dentro do solo-
O ventre da Mãe Terra


Dentro da longa noite da alma

As forças criativas da psique se organizam
Habilitando o Sol do Espírito
A um novo e glorioso Renascer.



-Alexandre Gianechini de Araújo.

São Paulo, 26 de fevereiro de 2013.













sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A BUDDHIST PRAYER - Class of Thursday, February 7.



Class of Thursday, February 7, 2013


We worked on the verbs TO BE and TO DO.

The class was a very productive and fun one.

It was a lesson with a Zen Buddhist inspiration.

I post here the prayer of Kalu Rinpoche, Tibetan Buddhist master that inspires me a lot:





"The Eight Aspirations of a Great Being"
Kalu Rinpoche



[1] By the power of truth and goodness of the supreme refuges,



And by virtuous deeds and pure motivation,

May I, with all my heart, strive to remove

The myriad of sufferings of the beings that fill the space.







[2] For the excellence of virtuous activities



Of this world and the hereafter,

May I, according to the needs of each,

Meet the hopes and aspirations of all beings.


[3] May my body, flesh and blood,



All that I am made of,

Contribute in the most appropriate way

For the welfare of all sentient beings.



[4] May the suffering of all beings,



My previous mothers,

Dissolve in me,

And may all have my joys and virtues.







[5] While this world lasts,



May I never have,

Not even for an instant,

An evil thought before others.






[6] May I always strive with energy



For the welfare of  all beings,

Without relaxing my efforts

In times of sadness, exhaustion and other obstacles.





[7] For those who are hungry or thirsty,



For the poor and needy,

May I give them on course

The abundance they desire.



[8] May I always support the heavy burden



Of the terrible suffering of beings

Of hells and other kingdoms,
And may all of them be free.

Amen.