SEMENTES
Poesia de Alexandre Gianechini de Araújo
Isso é Tao:
Maestria sobre si mesmo
Superação de toda ignorância
E limitação
Atingir, e realizar
-Em ti mesmo-
a Plenitude do Ser
A verdadeira imortalidade
O Tao é Luz sem fim
Esplendor sem limites
Paz imorredoura
Totalidade
Antes que o dia fosse, a noite veio
Misteriosa, densa e implacável
Enigmática e impenetrável
Porém,
Acolhedora e nutritiva
Prenhe das infinitas possibilidades da Vida
A luz diáfana do luar incide
Sobre todas as sementes, gérmens,
brotos e trigos
E os magnetiza com sua força invisível
É o poder que rompe as cascas
Pujança que derruba as máscaras
As fachadas carcomidas
Sepulcros caiados...
As sementes jazem enterradas
Escondidas e ignoradas
Como se mortas estivessem
Porém,
Esse tempo de morte aparente é necessário
Para que as sementes renasçam
Com toda a sua força e vigor
E manifestem todo o seu potencial
De vida abundante
É aqui,
nestes lagos, pântanos e florestas
Que o frescor e a humidade da terra
Servem de berço às Sementes da Vida
Aguardando irromperem de dentro do solo-
O ventre da Mãe Terra
Dentro da longa noite da alma
As forças criativas da psique se organizam
Habilitando o Sol do Espírito
A um novo e glorioso Renascer.
-Alexandre Gianechini de Araújo.
São Paulo, 26 de fevereiro de 2013.
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