segunda-feira, 24 de junho de 2013

O GIGANTE DESPERTA - UM NOVO BRASIL ESTÁ NASCENDO.


No Princípio: Causas da Impunidade Na Terra de Vera Cruz

"O Brasil é o único país do mundo onde o amálgama racial se fez sem 

grande restrições. 

Considerado durante muito tempo pelos colonizadores como local de 

estadia temporária, em seu ambiente todas as situações eram admissíveis e uma forma de 
tolerância desenvolveu-se, se bem que, em bases negativas. 

O homem branco estabeleceu relações estreitas com o negro, inclusive de cruzamento racial, 

e, longe da metrópole, tais fatos eram acontecimentos normais. 

A raça lusitana, se bem que envergando o porte dos senhores, não deixou de transbordar afetividade, 

no grau exuberante que lhe é característico, quando encontrou a ingênua dedicação e humildade da mulher cativa. E se o senhor branco, o privilegiado da cor, desceu a esse contato, selou com sua aprovação evidente o anseio de irmanação latente nas almas dos seus irmãos negros e índios.

Iniciou-se assim a formação do Amálgama Racial sobre o qual o tempo se incumbiria 

de depositar elementos novos, provenientes de todas as partes do mundo.

As conseqüências de tais ocorrências perduram até hoje na índole despreocupada do 

brasileiro, que vive em função do momento que passa, sem fornecer a si mesmo 
planejamentos para o futuro, como se sua terra continuasse a ser o Eldorado ao qual nenhuma 
cooperação especial devesse ser dada com vista ao porvir. 

O europeu responsável pela formação psicológica do que convencionaremos chamar a "raça brasileira", lançou a semente 

da conduta desavisada por considerar a terra conquistada local onde "nada criaria raízes". 

As duas raças que se lhe associaram foram incapazes de ultrapassar ou liderar os raciocínios do 

homem branco e seguiram-lhe docemente as pegadas. 

Mais do que o atavismo racial, influiu 
na formação da alma brasileira a atitude psicológica do líder da sociedade nascente, o europeu 
displicente e ganancioso, que em sua terra era cristão e respeitável, mas que no Brasil só via 
uma fonte inesgotável de lucros e prazeres inconfessáveis. 

Essa distorção psicológica produziu uma atmosfera de displicência em relação aos valores morais e cívicos a impregnar todo 

jovem ser que surgia. 

Nos primeiros anos de sua existência alimentava-se na formação de 

valores espirituais negativos e via tudo o que o cercava com a ânsia de auferir vantagens, num 
esquecimento absoluto das noções de disciplina, trabalho e previsão, relacionadas com o 
engrandecimento da nacionalidade." 





Hoje: O Gigante da Fonte Pura Desperta, e Detém a Enxurrada de Lama

"Realmente prejudicial ao brasileiro, repetimos, vem sendo, desde os primórdios da 

formação de seu povo, a aura de irresponsabilidade moral aqui implantada pelos iniciadores 
da civilização na Terra de Santa Cruz.

Podemos lançar mão de uma imagem simples, a fim de aclarar os conceitos emitidos. 


O aluvião de deturpações morais, que procura arrastar consigo os valores positivos 

pertencentes ao povo em formação nessa terra acolhedora, é alimentado como um rio, por 
duas nascentes. 

A primeira brota na montanha dos sentimentos elevados e constitui a água 

abençoada das vibrações fraternas. 

Simboliza essa "fluidez patriótica" a que nos referimos. 

É generosa e pura, a todos beneficia, mantendo-se líquida por saber que a água solidificada, em 
sua rigidez, não consegue servir. 

Nessa nascente no alto da montanha das verdades espirituais, 

onde despontam as mais puras inspirações para a orientação da nacionalidade brasileira, não 
há possibilidade de contaminação pelas substâncias ácidas do egocentrismo, camuflado nas 
expressões fatigadas do patriotismo exclusivo.

O brasileiro, espiritualmente orientado pela aura de benevolência para com o próximo, 

não se apega aos princípios rígidos de um patriotismo míope e egocêntrico. Dentro da sua 
alma corre temporariamente, tranqüilo e límpido, o rio da boa-vontade para com o 
semelhante, como conseqüência da generosidade com que a vida o brindou nesse recanto 
paradisíaco do globo.

A meio caminho, porém, no Planalto Central, na baixada onde poderia esse rio fertilizar o solo em prol de 

uma abundante colheita, levanta-se um NEVOEIRO que obscurece o panorama espiritual da 
coletividade. Da floresta próxima desliza um caudal de detritos, formados de LAMA barrenta e 
viscosa. Sua origem é obscura, pois ninguém jamais ousou chegar até o seu nascedouro. 

Enquanto que a primeira nascente brota na montanha da espiritualidade pura, consta que a 

segunda surge de um pântano a cujo pestilência ninguém pode resistir.

E assim a tradição se incumbe de divulgar o mito apavorante da força insuperável do 

poder corruptor. 

Os espíritos pouco valorosos de uma alma coletiva, em fase de adolescência 

espiritual, conservam-se à distância da floresta assustadora, suportam-lhe a enxurrada de 
detritos e, coagidos por um terror supersticioso, rendem homenagem involuntária aos 
princípios implantados pela força do negativismo.

Dessa forma, os anseios inconfessáveis dos interesses mesquinhos, deturpam 

irremediavelmente os sentimentos patrióticos, que seriam extraordinariamente sadios à Humanidade,
por emanarem de uma Fonte Superior de Grande pureza. 

Podemos mesmo afirmar que maior é o 

empenho das forças negativas em se aproveitar os benefícios dessa nascente, por identificarem a 
potencialidade generosa de sua origem.

No momento em que esse fluxo de águas claras se tornar consciente de suas 
possibilidades, conseguirá levantar um dique para deter a enxurrada originária da floresta 
escura das manobras escusas que turvam a limpidez do leito generoso sobre o qual está destinado a correr, para o Benefício de toda a humanidade."






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